terça-feira, 23 de outubro de 2012


Aprenda a proteger sua privacidade no Facebook


Uma matéria no Fantástico (Rede Globo) mostrou que um falso vidente, conseguiu acertar detalhes da vida de algumas pessoas, como nome da mãe, dos filhos, férias e outros eventos cotidianos com dados obtidos através de redes sociais, como o Facebook.

Esta matéria deslanchou uma onda de lixo eletrônico na rede social com a seguinte mensagem “Bom gente, quem assistiu o Fantástico sabe da falta de proteção no Facebook. Com as mudanças do Face, agora todos ficam sabendo ..”
O fato é que esta operação não resolve a questão da privacidade na rede social, pois uma vez obtendo-se o nome da pessoa, pode-se procurar em mecanismos de busca (como o Google), entrar no perfil da pessoa e obter as informações da mesma maneira, veja:

  * Experimente fazer esta operação com o seu nome verdadeiro.

O grande alvo dessa “mensagem a ser compartilhada” remete à “activity storie window”, uma janela no canto direito do Facebook, que mostra as atividades dos seus amigos, confundindo as informações mostradas na matéria do Fantástico e trazendo centenas de pessoas a compartilhar lixo social sem qualquer fundamentação ou solução para a causa.
  
Desabilitar ou habilitar qualquer opção como manda esta mensagem não protege, nem garante sua privacidade na rede social, para isto é importante que você entenda como funciona a rede social e como funciona o sistema de privacidade.
A “Activity Storie Window” é uma janela que mostra os eventos, ações e comentários recentes dos POSTS QUE VOCÊ TEM ACESSO, ou seja, é como se você estivesse em uma roda de amigos e estivesse olhando e ouvindo a “Fulana” comentar com o “Ciclano” sobre determinado assunto.
Beleza Vinicius, mas como eu protejo o conteúdo que crio e compartilho?
O Facebook é uma das redes sociais mais seguras do mundo, pois permite configurar a fundo quase todas opções de privacidade e segurança disponíveis, diferentemente das demais, também permite a configuração “por posts”, podendo criar posts privados (para determinados amigos, amigos ou até “amigos de amigos”) e posts públicos (em que TODOS PODEM VER), veja como funciona:

Controle de privacidade “por post”


Quando você posta algo no Facebook, um ícone do lado do botão “Publicar” é exibido, nele você pode escolher qual o nível de privacidade que deseja utilizar, podendo compartilhar coisas com:

  • Público:    mostra para todas pessoas o que você publicou.
  • Amigos:    mostra seu post para todos seus amigos conectados.
  • Amigos exceto conhecidos:   mostra seu post para todos seus amigos exceto para o grupo de “Conhecidos”.
  • Somente eu:  somente você poderá ver a publicação.
  • Personalizado: você pode personalizar para quem quer mostrar sua publicação, adicionando ou removendo amigos “um a um”.

Valeu Vinicius, isto ajuda, mas dá muito trabalho trocar todas postagem, tem um jeito mais fácil?

Tem sim, o controle principal de privacidade do Facebook (clique aqui para acessar), permite que você controle por quem seus dados podem ser vistos:

Um outro item que merece destaque é quanto as marcações em fotos e posts de outras pessoas, que também podem ser controlados dentro da central de privacidade:
  
Explorando a central de privacidade e definindo suas configurações conforme seu gosto você poderá se manter seguro na internet, publicar e compartilhar momentos importantes com seus amigos e conhecidos sem ter medo destas informações cair em mãos erradas… Só vai depender de você perder um pouco de tempo, largar aquela preguiça de ler as coisas, e fazer o que precisa para se manter seguro.

Espero que este tutorial ajude vocês a verdadeiramente desfrutar de forma segura esta rede social. 
Abração!

Índios Guarani-Kaiowá pedem para serem extintos no Mato Grosso do Sul

Por Felipe Patury, Época
Uma carta assinada pelos líderes indígenas da aldeia Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, e remetida ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), anuncia o suicídio coletivo de 170 homens, mulheres e crianças se a Justiça Federal mandar retirar o grupo da Fazenda Cambará, onde estão acampados provisoriamente às margens do rio Hovy, no município de Naviraí. Os índios pedem há vários anos a demarcação das suas terras tradicionais, hoje ocupadas por fazendeiros e guardadas por pistoleiros. O líder do PV na Câmara, deputado Sarney Filho (MA), enviou carta ao ministro da Justiça pedindo providências para evitar a tragédia.
Leia a íntegra da carta dos índios ao CIMI:
Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.
Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós.  Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.
Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.
Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.
Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para  jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.
Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.     
Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay
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Por Vinicius Santos - Dinastia - Soluções Financeiras

Fico aqui com meus botões pensando. Proféticas foram as palavras escritas por Pero Vaz de Caminha em sua carta encaminhada para o D. Manuel I (1469 - 1521), quando disse que "Nesta terra, em se plantando tudo dá". Porque até onde tomei conhecimento, as sementes aqui plantadas, foi uma mistura de corruptos de Portugal, com alguns escravos africanos, supremacia européia, em fim. Foi plantada a semente da chacina, estupro, usurpação, autoritarismo, roubo e tudo mais, e porque estaríamos hoje colhendo coisa diferente do que foi plantado??
Se atentares para a imagem acima, ela na verdade retrata a verdade ocorrida. Porém a arrogância e supremacia dos "colonizadores" (assassinos), com suas armas, e petulância, sobrepujou os inocentes índios. Observe que no trecho da carta de Pero Vaz, que ele descreve os PROPRIETÁRIOS da terra, os donos verdadeiros. 
Trecho da Carta
"Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma. Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo."

Isto posto, solidarizo totalmente com o que os indígenas falam, e como FILHO DESCENDENTE destes que foram flagelados desde tempos primórdios também clamo que a "JUSTIÇA" deste país podre, DIZIMEM não só os índios, mas como TODA A POPULAÇÃO BRASILEIRA, pois praticamente todos descendem deste povos. Pois somos uma "mistura re raças" e etnias. 

Chora um coração brasileiro, triste de ser filho desta pátria que não mais sinto vontade de chamar de lar.

Ajude-nos assinando a petição:
http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?fbflCdb&pv=0